A MELHOR FRUTA
Vou degustar um pêssego maduro
E vou fazê-lo assim, bem devagar.
Para poder sentir o sabor puro,
minha língua começa a passear
Por toda a doce fruta configuro
meu desejo de muito aproveitar
Dessa forma, ainda nela mesuro
o prazer de sugar, sugar... Suco e ar...
Seu gosto vou provando pra valer
Com minha saliva quente a depuro
Vai assim, aumentando o meu querer
Mas, não pode ser já, deixo ao futuro
Só após isso tudo é que vou comer.
E, sim. Farei bem devagar... Eu juro!
Tânia Regina Voigt – 2987
Cumpadri Caipirinha - 2007-09-01 04:25:19 | |
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quinta-feira, 23 de agosto de 2007
(Trova) DESILUSÃO
No verso que foi lavrado
Encontro com desespero
O reverso angustiado
Do que busquei com esmero.
Tânia Regina Voigt
Vera Abi Saber - 2007-08-25 18:52:09 | |
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quarta-feira, 22 de agosto de 2007
AMBIGUIDADE
AMBIGUIDADE
Ai de mim com esta imprecisão...
Sons, cheiros e sabores de pura confusão.
O aroma do pecado e o som da perdição.
O barulho do silêncio é ensurdecedor...
Dentro de mim, um grito de desespero e dor.
Enquanto rola a lágrima teimosa em seu ardor.
Torpor, desânimo, pânico e a voz presa.
Tudo escuro, mas a luz continua acesa.
E deixo de ser acusação pra ser defesa.
Se a dor é prêmio, o que fazer então?
As carícias ferem mais que bofetão...
E dentro do peito o que pulsa... é desilusão.
Teimo em sonhar tudo e fazer nada
A vida correndo... parada.
Jaz um sonho, não há mais nada.
Volta com um meneio zangue...
E plantando uma lágrima de sangue,
Sufoca-me para que morra exangue.
Tânia Regina Voigt
Saura Izabete de Oliveira - 2007-08-22 20:26:28 | |
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segunda-feira, 20 de agosto de 2007
CUIDA DE MIM (Soneto)
CUIDA DE MIM
Ah, meu querido, vem, cuida de mim.
Preciso do teu colo e ainda o abraço
também, te dou carinho, bem assim,
com imensa ternura no que faço.
Diga então, que tu sentes falta sim,
de deitar à cabeça em meu regaço.
Na esperança de o amor grande e sem fim
aqui permanecer em nosso laço.
Agora, por favor, vem me acalmar,
pois longe de ti só fico a sofrer
e minha luz já não pode brilhar.
Se minha vida é apenas te querer
e tu não vens logo pra gente amar,
querido, de saudades eu vou morrer.
Tânia Regina Voigt
Cumpadri Caipirinha - 2007-08-21 18:54:21 | |
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sábado, 18 de agosto de 2007
(Soneto) COISA DA PELE
COISA DA PELE
O que sinto por ti não é coisa da pele.
Mas, é superior, vai muito além, transcende!
Por isso, não demore, menos se acautele,
escuta, sente ainda e vê se compreende...
O que sinto por ti, vem domina e me impele
Toca minh´alma livre, depois se distende,
toma conta do ser e não há o que o debele:
Desnuda a alma com toque que ao corpo acende
E a volúpia insana que então me atropele,
tome conta de meu ser, no corpo cinzele
teu gosto, mais teu cheiro e tudo que pretende.
O que sinto por ti não é coisa da pele.
Embora, também seja, pois me reacende
em só pensar que vou te amar, chega e me rende!
Tânia Regina Voigt
Clau Assi - 2007-08-19 13:57:15 | |
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quarta-feira, 15 de agosto de 2007
CORAÇÃO NUBLADO (Soneto)
CORAÇÃO NUBLADO
Meu dia hoje está triste e sem alegria
Olho pra rua, o céu está carregado
São nuvens muito negras, melancolia
Meu coração também aqui está nublado
Nunca eu estive assim tão sem poesia,
com o peito esquisito e muito apertado.
Sentindo o peso e a dor de uma nostalgia
de tudo o que sonhei e quis realizado
Entender o que se passa, é o que eu queria
Meu amor sumiu, não está mais do meu lado
Pedi-lhe que não sumisse; eu pressentia...
Que ficaria assim de mim apartado.
O que nunca pude ver e nem sabia
é que jamais deveria ter sonhado
Tânia Regina Voigt
Iza Klipel - 2007-08-17 21:04:08 | |
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segunda-feira, 13 de agosto de 2007
DESEJO INSANO
DESEJO INSANO
Preciso do teu beijo ardente, apaixonado.
Outro beijo assim, simples rápido e acanhado
Um beijo bem decente e mais acautelado
Mais um beijo bem louco, forte, depravado
Quero teu beijo hermético, longo e afagado
Seja um beijo poético, mas agarrado.
Um beijo de verdade, sentido, tocado
Aquele beijo lúbrico inda aconchegado
Quem sabe então, um beijo meio acantonado
ilógico, lambido e muito adocicado?
Guloso, dividido onde acariciado
Ou beijo despertino e mais acalorado.
Eloquente, buscado a mim, descontrolado,
lavando minha pobre alma ardente e em pecado.
Tânia Regina Voigt
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